Há uma força vinda de norte,
Nefasta e adorada,
Desejada e incómoda.
Puxa-me em direcções difíceis,
Para caminhos que gostava de percorrer
Mas que são impossíveis de alcançar.
Empurra-me bruscamente
Para um passado de há pouco,
Para o conforto de um outro lugar.
Torna-me pequeno com o seu poder,
Encerra-me num casulo
Onde não sou mais eu e não há idade.
Mascara-me de um outro ser
Perdido do mundo
E consumido de ardente saudade.
Há uma força de norte,
Que detesto e que persigo.
Uma força de norte
Que me beija
E sem a qual não vivo.
André Moreira
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