É um fado
Sádico e desaparecido
Este de que sou prisioneiro.
Surge por vezes,
Sereno e intrépido,
Faz-me viver sonhos,
Conhecer paraísos,
Encontrar um lar,
Sentir-me pertencer...
E, com um golpe de negligência,
Saber que não posso ficar,
Que esse lugar de conforto
É onde não posso estar.
Acomoda-se,
No seu papel de vilão,
Ri-se enquanto me vê chorar,
Num inútil desgosto,
De quem tem que ir,
Mas que por cruel fado,
Não leva o coração,
Se sente desesperar,
E que antes o deixa
Onde quer continuar.
André Moreira
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