Numa parede despida,Sem quadros ou fotografias,
Simples, de tudo desprovida,
Há rasgos de tinta
Formas imensas
A implorar que me minta.
É uma guitarra castanha
De cordas finas e gastas,
Notas numa montanha,
Uma música desesperada
Que sai feliz do meu peito
Apenas por ser cantada.
És tu irriquieta,
Contente e perplexa,
Somos Romeu e Julieta...
Somos eu e tu Isaura,
Que sempre encantas
Com a felicidade da tua aura.
Nesses laivos de cor,
Sou corajoso
Poeta trovador.
Perco-me a cantar,
Um fôlego incessante,
Só por ti, para te fazer apaixonar.
André Moreira
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